Núcleo de Estatística do TRE-DF desenvolve estudo que conclui não haver evidências de fraudes nas eleições

No estudo, foram observados dados das Eleições Gerais que ocorreram entre 2002 e 2014, bem como o 1º turno de 2018 - uma vez que o 2º turno ainda não aconteceu

TRE-RS: auditoria urnas eletronicas

Existe muita especulação em torno da legitimidade dos resultados das Eleições Gerais no Brasil com o uso das urnas eletrônicas. Há fake news circulando por toda a Internet em que se levantam suspeitas sobre as urnas e sobre a totalização dos resultados. Também circulam artigos e vídeos publicados em que se afirma que existem formas de se avaliar estatisticamente indícios de fraudes nas eleições.

Para responder e combater essa guerra de informações, o Núcleo de Estatística do Tribunal Regional Eleitoral – TRE-DF pesquisou, na comunidade científica, metodologias que avaliassem os dados de resultados de eleições no mundo. A distribuição da Lei de Benford – LNB – é utilizada para detecção de anomalias e fraudes em dados numéricos, observando a frequência com que aparecem os algarismos 0 a 9 nos 1º, 2º, 3º, 4º dígitos das observações.  Para dados eleitorais, recomenda-se observar o padrão dos segundos dígitos das contagens de votos por município.

Há discussões sobre a aplicabilidade da LNB para dados eleitorais. O pesquisador PhD Walter R. Mebane Jr. , professor dos Departamentos de Estatística e Ciências Políticas da Universidade do Michigan afirma que uma forma de analisar se há fraude nos resultados de eleições é verificar o comportamento da distribuição dos segundos dígitos das contagens dos votos por cidades ou municípios. A análise por seção de votação, que só possui uma urna, não é eficaz, pois o universo amostral é muito pequeno e a Lei de Benford é uma distribuição limite (assintótica). Tanto no caso das seções eleitorais, como das zonas eleitorais é a Justiça Eleitoral que define a quantidade nesses agrupamentos, conforme determinam a Resolução TSE 23.422/ 2014 e a Resolução TSE 23.520/2017.  Por outro lado, a análise por municípios possui muitas observações com diversas ordens de magnitude e a quantidade de eleitores surge de forma espontânea.

Para avaliar os resultados das eleições presidenciais no Brasil, foram observados dados das Eleições Gerais , nos 1º e 2º Turnos de 2002, 2006, 2010, 2014 e o 1º Turno de 2018, uma vez que o 2º Turno ainda não aconteceu. A avaliação foi realizada por meio da análise de aderência à Lei de Benford do 2º dígito – 2BL, com o teste Qui-quadrado de Pearson.

Para o teste Qui-quadrado 2BL, com nível de confiança de 95%,  chegou-se à conclusão de que não existem evidências de fraudes na contagem de votos nas Eleições Gerais de 1º e 2º Turnos de 2002, 2006, 2010, 2014 e 1º Turno de 2018 .  Para analisar os resultados da pesquisa, leia o  artigo produzido por Cláudia Eirado e Gustavo Silva, clicando aqui .

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