TRE-DF recebe palestra sobre enfrentamento à violência doméstica
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Nesta sexta-feira (28/06), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) realizou evento voltado ao combate à violência doméstica. De iniciativa da Comissão de Participação Feminina da Justiça Eleitoral do Distrito Federal (CPIF), a ação contou com o apoio da Associação de Servidores do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (ASTREDF) e do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal (SINDJUS-DF).
Ministrada pela Jornalista Ana Fabre, a palestra aconteceu às 15 horas no Plenário do edifício-sede da Corte. Na abertura, o Assessor de Comunicação, Fernando Velloso, destacou: “É um tema que não pode ser ocultado, não pode de forma alguma ser esquecido e, de preferência, jamais seja praticado. Então temos esse tempo para ouvir, pensar, refletir e até agir em termos de conscientização, educação e reverberação de tudo aquilo que possa nos incomodar e isso é absolutamente intolerável.”
Em sua apresentação, a Jornalista Ana Fabre fez uma relação entre autoestima e violência física ou psicológica, e pontuou: “Autoestima não tem nada a ver com beleza, mas com o valor que você vê em você mesmo, e que influi em absolutamente tudo na sua vida. E isso tem tudo a ver com violência doméstica, sim”.
Ao destacar que a violência doméstica independe de aparência, renda ou cargo da vítima, a especialista compartilhou uma parte de sua história, frisando: “Eu que sempre fui feminista, independente financeiramente, estudada, viajada, filha de uma mãe independente e que tinha acesso a todas as informações fui vítima de violência.”
Ana apresentou alguns dados sobre o cenário e destacou que o problema é cultural. Ao fazer um resgate histórico, narrou que as mulheres da Idade Média consideradas bruxas eram, na verdade, contrárias a alguma imposição social: “Bruxa era qualquer mulher que fizesse aquilo que não era esperado dela”. E exemplificou: “Se o marido chegasse para a esposa e dissesse que queria sopa de batata e ela dissesse que só tinha de cenoura, ele poderia afirmar que ela era bruxa e, pronto, ela ia para a fogueira.”
Ana Fabre trouxe reflexões sobre a dificuldade no combate à violência: “A gente muda leis, regras, mas cultura é a coisa mais difícil de ser mudada.” E acrescentou: “Eu não consigo mudar os números da violência doméstica, mas consigo me blindar para evitar cair de novo em um caso de violência.”
A palestrante apresentou à audiência alguns caminhos para a elevação da autoestima que, de acordo com ela, está relacionada a sete pilares: autocuidado, consciência de si, capacidade de resposta, autenticidade, coerência, autoaceitação e micropropósitos.
Ao término da palestra, o Assessor de Comunicação, Fernando Velloso, afirmou que o Presidente da Corte parabenizou a iniciativa.
Em sua fala de encerramento, a Presidente da Comissão de Participação Feminina da Justiça Eleitoral do Distrito Federal (CPIF), Alice Fabre, agradeceu à audiência e acrescentou: “Em caso de violência doméstica, você pode fazer a denúncia na ouvidoria ou procurar a comissão”. Por fim, sorteou os brindes concedidos pela Associação de Servidores do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (ASTREDF) e pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal (Sindjus-DF).
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Sobre a palestrante
Especialista em autoestima feminina e gênero, Ana Fabre é jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB) e atua na área há quase 23 anos. Paralelamente à carreira no Jornalismo, cursos e certificações, atende mulheres e empresas nos temas de autoconhecimento, desenvolvimento pessoal, autoestima feminina, equidade, diversidade, questões de gênero e políticas de ESG (Environmental, Social and Governance).