Desembargador Geraldo Irenêo Joffily
Nascimento: 1914
Naturalidade: João Pessoa - PB
Nacionalidade: Brasileira
Filiação: Irenêo Joffily e de Sara Barreto Joffily.
Esposa: Christina Rose Marie Dufour Fischer
Formação: Bacharelou-se, em 1934, em Direito pela Faculdade Nacional de Direito do Rio de Janeiro.
Vida Funcional
Em 1938 passou um ano no então Território do Acre, escapando da repressão do Estado Novo.
No ano seguinte retomou suas atividades profissionais, iniciando no escritório do prof. João Mangabeira, e em seguida em seu próprio escritório, advogando até 1946.
Após concurso público, em 1947, foi nomeado, pelo Exmo. Sr. Presidente da Republica, Juiz Substituto do então D.F., tendo atuado praticamente em todas as Varas.
Em 1951 foi promovido a Juiz de Direito da 17a Vara Criminal.
Foi o primeiro juiz a aplicar a Lei Afonso Arinos.
Em 1960, candidatou-se à transferência para a Justiça do novo D.F., sendo nomeado em maio como titular da Vara de Família, Menores, Órfãos e Sucessões, pelo Presidente Juscelino Kubitschek.
No mesmo ano assumiu o cargo de Juiz Eleitoral, incumbindo-se de todas as tarefas necessárias ao preparo da primeira eleição realizada em Brasília, somente para Presidente da República, a qual concorria Jânio Quadros.
Nesta época, reclamou o voto para Brasília; " uma cidade sem eleitores, ou é um acampamento militar ou uma aldeia de índios".
Em 1964 teve sua casa ocupada por policiais, ficando preso, durante quinze dias, em seguida, por ato do governo militar, foi colocado em disponibilidade pelo decreto de outubro do mesmo ano.
No período que intermediou entre a aplicação do AI e a execução da Lei da Anistia (1964-1979), dedicou-se aos estudos literários e às pesquisas históricas, publicando várias obras, das quais se destacam: "Atividades de um Juiz"; "Um Cronista do Sertão no Século Passado", "L´Inscription Phénicienne de Parayba, um Document Apocryphe", "O Juiz na Revolta da Chibata", " Brasília e sua Ideologia".
Com a Lei da Anistia, retornou à magistratura em 1980, como titular da 2a Vara da Fazenda Publica.
No ano seguinte, foi promovido, por antiguidade, ao cargo de Desembargador do TJDF.
Em maio de 1984, tomou posse no cargo de Presidente do TRE/DF.
Paralelo às suas atividades do exercício da magistratura, acumulou atividades acadêmicas em diferentes instituições, participou de simpósios e conferências no Brasil e no exterior.
Em maio de 1984 proferiu a aula inaugural da Escola Superior da Magistratura do Distrito Federal.
Aposentou-se em julho de 1984, falecendo no ano seguinte.
O Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro publicou em 28.08.86, ato do prefeito Saturnino Braga, dando o nome de "Geraldo Irenêo Joffily (desembargador)" a uma pequena rua do Recreio dos Bandeirantes.
Fonte: TJDFT